Você já ouviu falar sobre a cifose? Conhecida popularmente como a famosa “corcunda”, a cifose é o termo médico utilizado para designar a curvatura natural da coluna.
Entretanto, quando essa curvatura é exagerada, passa a ser denominada de hipercifose podendo ser chamada de “dorso curvo”.
A característica principal da cifose torácica é a proeminência das costas causado pelo aumento exagerado da curvatura posterior dessa parte da coluna. Para compensar tal curvatura, cabeça, ombros e pescoço são projetados para frente, favorecendo o aparecimento de deformidades compensatórias.
Essas deformidades podem surgir em pessoas de qualquer idade, tendo algumas particularidades de acordo com cada faixa etária.
Quais são as causas e os sintomas da cifose?
Geralmente a cifose não apresenta sintomas. Porém quando eles se manifestam, além da curvatura, o paciente se queixa de dor, rigidez na coluna e fadiga.
As principais causas da cifose são os hábitos posturais inadequados, tanto no trabalho como em atividades de lazer, falta de condicionamento físico e o enfraquecimento da musculatura paravertebral.
Porém, é preciso considerar que a cifose também pode estar relacionada a uma causa secundária de condições como a osteoporose, a osteocondrose espinhal (doença de Scheuermann, que afeta adolescentes na fase do pico de crescimento), espondilite anquilosante, poliomielite e tuberculose.
Em grande parte dos casos, a cifose ocorre devido à postura inadequada que adotamos durante as atividades do dia a dia, traumatismos, tumores, obesidade, atividade física imprópria, vida sedentária e tabagismo.
Dificilmente é possível determinar as causas específicas da cifose. Entretanto, é muito comum o surgimento estar associado a ósseas, musculares ou neurológicas do organismo.
Como é feito o diagnóstico e tratamento?
O diagnóstico da cifose é baseado em um exame clínico detalhado. Isso com o fato de o paciente ser colocado em lados diferentes, por exemplo, de frente, de trás e de perfil.
A radiografia permite registrar a ocorrência de desvios na posição da coluna. Ele também possibilita a medição de graus de curvatura e a identificação de lesões que danificam discos e articulações.
De forma resumida, também permite a visualização de sinais de fraturas, luxações ou tumores na área do corpo. Há casos de deformidades em que é necessário o uso de tomografia computadorizada e ressonância magnética. O objetivo é, portanto, estabelecer um diagnóstico definitivo e recomendar o tratamento.
A maioria dos casos de cifose é tratada clinicamente com medidas posturais, fortalecimento muscular global, reabilitação motora e atividade física regular. As técnicas de RPG são essenciais para o tratamento da deformidade.
Para pacientes em fase de crescimento (cartilagem de crescimento ainda aberta) com cifose entre 45 e 75 graus, o uso de órteses (coletes) pode ser indicado para evitar a progressão da curva.
Este tratamento deve ser sempre avaliado com dados clínicos e radiográficos por um especialista em coluna.
O uso de órtese é recomendado por 23 horas/dia até o final da fase de crescimento.
Nesse período, são necessárias consultas semestrais para avaliação e correção.
Pacientes com curvas torácicas acima de 75 graus podem ter indicação cirúrgica para correção e estabilização dependendo dos dados clínicos apresentados.
Nesses casos, é necessário analisar se há queixas de dor, sintomas neurológicos e/ou progressão documentada da curvatura.
O acompanhamento regular com um ortopedista é sempre necessário nesta fase.
Podem ser usados medicamentos para aliviar a dor, além de exercícios para corrigir a postura e/ou melhorar a musculatura para amenizar a hipercifose.
Nos casos mais graves, onde há também dores associadas, a hipercifose pode ser tratada por meio de procedimento cirúrgico.
Se você apresenta algum dos sintomas citados, procure um ortopedista e siga as orientações médicas corretamente. Cuide-se!