A doença de Legg-Calvé-Perthes é uma condição ortopédica infantil que afeta diretamente a articulação do quadril, podendo comprometer o desenvolvimento ósseo da criança.
Embora seja considerada rara, essa patologia merece atenção especial por parte dos pais e profissionais da saúde, já que o diagnóstico precoce faz toda a diferença no tratamento e na recuperação funcional do quadril.
Neste artigo, você vai entender o que é a doença, como ela se desenvolve e quais os principais sinais de alerta.
Os sintomas da doença de Legg-Calvé-Perthes geralmente se desenvolvem de forma gradual, o que pode dificultar sua identificação precoce. O sinal mais comum é a claudicação — ou seja, a criança começa a mancar, mesmo sem histórico recente de queda ou trauma evidente.
Essa alteração na marcha costuma ser notada pelos pais ou responsáveis durante atividades simples, como caminhar ou correr. A dor no quadril também é frequente, mas pode irradiar para a virilha, coxa ou até para o joelho, o que, em alguns casos, pode confundir o diagnóstico inicial.
Além da dor e do mancar, é comum que a criança apresente limitação nos movimentos do quadril, principalmente na rotação e abertura da perna. A rigidez articular, sensação de cansaço na perna afetada e atrofia muscular (redução do volume dos músculos da coxa) também podem ser observadas conforme a doença evolui.
Esses sintomas tendem a piorar com a prática de atividades físicas e melhorar com o repouso, o que pode mascarar a gravidade do quadro nos estágios iniciais.
O diagnóstico da doença de Legg-Calvé-Perthes é feito por meio da avaliação clínica e de exames de imagem. O ortopedista começa com um exame físico detalhado, avaliando o padrão da marcha, a amplitude dos movimentos do quadril e sinais de dor.
A radiografia do quadril é o principal exame utilizado, pois permite visualizar alterações na cabeça do fêmur, como achatamento ou fragmentação óssea. Em casos iniciais, quando as alterações ainda não são visíveis no raio-X, a ressonância magnética pode ser indicada para confirmar o diagnóstico e avaliar a extensão da necrose óssea.
Reconhecer os sintomas precocemente e buscar ajuda médica especializada é essencial para preservar a função do quadril e garantir o melhor desenvolvimento da articulação.
O acompanhamento contínuo com um ortopedista pediátrico é fundamental para definir o tratamento mais adequado, que pode incluir fisioterapia, restrição de atividades ou, em alguns casos, intervenção cirúrgica.
Identificar a doença de Legg-Calvé-Perthes nas fases iniciais é fundamental para evitar complicações e preservar a estrutura do quadril da criança.
No entanto, como os sintomas podem surgir de forma discreta e progressiva, é comum que o diagnóstico demore a ser feito, especialmente quando os sinais são confundidos com lesões musculares ou dores de crescimento.
Por isso, é importante estar atento a alterações sutis no comportamento físico da criança, especialmente se ela estiver na faixa etária de 4 a 10 anos — período mais comum de ocorrência da doença.
Os principais sinais são:
Diante de qualquer um desses sinais, o ideal é procurar um ortopedista pediátrico para uma avaliação detalhada. O diagnóstico precoce depende tanto da observação cuidadosa dos sintomas quanto da realização de exames de imagem adequados.
Radiografias são o principal recurso para visualizar alterações na cabeça do fêmur, mas exames complementares como a ressonância magnética podem ser necessários para confirmar o estágio da doença e orientar o plano de tratamento.
O reconhecimento precoce da doença de Legg-Calvé-Perthes aumenta consideravelmente as chances de preservar a anatomia do quadril e manter uma boa qualidade de vida para a criança.
Por isso, qualquer sinal de dor frequente, marcha alterada ou limitação nos movimentos deve ser investigado com atenção e responsabilidade.
É essencial buscar avaliação médica sempre que a criança apresentar dor persistente no quadril ou alterações na marcha, mesmo que não haja histórico de trauma.
Se os sintomas se repetem com frequência ou interferem nas atividades do dia a dia, como caminhar, correr ou brincar, um ortopedista pediátrico deve ser consultado.
A realização de exames de imagem é crucial para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes. Quanto mais cedo a doença de Legg-Calvé-Perthes for identificada, maiores são as chances de preservar a função do quadril e evitar deformidades a longo prazo.
A doença de Legg-Calvé-Perthes é uma condição que, embora rara, pode afetar de forma significativa o desenvolvimento do quadril na infância. Compreender o que é essa doença, suas causas, sintomas e formas de diagnóstico é essencial para garantir uma abordagem precoce e eficaz.
A atenção aos sinais clínicos — como dor no quadril, claudicação e limitação de movimentos — pode fazer toda a diferença no tratamento e no prognóstico da criança.
Se você suspeita de sintomas em seu filho ou conhece alguém que possa estar passando por esse quadro, procure um ortopedista pediátrico e compartilhe este conteúdo. Cuidar do desenvolvimento ósseo desde cedo é garantir mais qualidade de vida no futuro.