O que é a Sinostose Radioulnar e como ela afeta o movimento do antebraço

A sinostose radioulnar é uma condição rara em que ocorre a fusão anormal entre os dois ossos do antebraço, o rádio e a ulna. Essa união pode ser congênita, ou seja, presente desde o nascimento, ou adquirida, surgindo após traumas, fraturas, cirurgias ou infecções na região. Embora possa passar despercebida nos primeiros anos de vida, tende a se manifestar com o tempo por meio da limitação dos movimentos rotacionais do antebraço.

O principal prejuízo está nos movimentos de pronação e supinação, responsáveis por girar a mão para cima e para baixo. Essa restrição pode dificultar tarefas rotineiras como escovar os dentes, usar talheres ou digitar. Mesmo com a flexão e a extensão do cotovelo preservadas, a mobilidade funcional do braço pode ser significativamente comprometida, impactando a qualidade de vida do paciente.

Neste artigo, você vai entender o que é a sinostose radioulnar, seus tipos, principais causas e fatores de risco, como ela afeta os movimentos do antebraço e quais são as opções de diagnóstico e tratamento.

O que é Sinostose Radioulnar e quais são seus tipos

A sinostose radioulnar é definida pela fusão entre o rádio e a ulna, geralmente próxima ao cotovelo. Essa fusão impede que os ossos se movimentem de forma independente, afetando diretamente a rotação do antebraço. A condição pode ser classificada em dois tipos: congênita e adquirida.

Na forma congênita, a falha ocorre durante o desenvolvimento fetal, impedindo a separação adequada dos ossos. Pode afetar um ou ambos os braços e, muitas vezes, é percebida na infância, quando surgem dificuldades motoras. Já a forma adquirida surge após fraturas simultâneas dos dois ossos ou procedimentos cirúrgicos, quando a cicatrização leva à formação de osso entre eles. Também pode ser causada por infecções ou inflamações intensas.

Independentemente do tipo, o impacto na mobilidade depende da extensão da fusão e do grau de rotação fixada. A identificação precoce é essencial para definir o melhor plano terapêutico e preservar a funcionalidade do membro.

Como a Sinostose Radioulnar afeta a mobilidade e os movimentos do antebraço

A fusão entre rádio e ulna compromete a rotação do antebraço, o que impede que o paciente vire a palma da mão para cima ou para baixo. Esse bloqueio afeta diretamente a execução de atividades comuns que dependem desse movimento, como abrir portas, escrever ou manusear objetos.

Apesar de a movimentação do cotovelo permanecer funcional, a perda da rotação gera desconforto e limita a autonomia. Em crianças, pode prejudicar o desenvolvimento motor; em adultos, interfere na vida profissional e nas tarefas do cotidiano. A posição em que o braço fica fixo — geralmente em pronação — influencia o grau de impacto funcional.

Além disso, a tentativa de compensar a limitação pode sobrecarregar outras articulações, como o ombro e o punho, levando a dores secundárias. Por isso, é importante que a condição seja avaliada por um especialista para definir a melhor forma de tratamento e adaptação às limitações.

Principais causas, fatores de risco e quem pode desenvolver Sinostose Radioulnar

A forma congênita da sinostose está associada a alterações no desenvolvimento embrionário e, em alguns casos, pode vir acompanhada de síndromes genéticas ou outras malformações ósseas. É frequentemente diagnosticada na infância, após investigação de dificuldade motora ou limitação nos movimentos do braço.

A forma adquirida tem como principal causa traumas que envolvem fraturas simultâneas do rádio e da ulna. Quando a cicatrização ocorre de maneira inadequada, pode haver formação de calo ósseo que une os dois ossos. Cirurgias ortopédicas, infecções, inflamações ou o uso de materiais de fixação também estão entre os fatores de risco.

Condições que afetam a cicatrização, como diabetes ou distúrbios metabólicos, e falhas na reabilitação pós-trauma aumentam a chance de desenvolver a forma adquirida. A condição pode afetar tanto crianças quanto adultos, e o acompanhamento ortopédico em casos de fratura é essencial para prevenir complicações como a sinostose.

Conclusão

A sinostose radioulnar pode gerar limitações importantes, especialmente nos movimentos de rotação do antebraço, interferindo na funcionalidade e na independência do paciente. Seja de origem congênita ou adquirida, a condição requer diagnóstico precoce e avaliação criteriosa para definir a melhor abordagem.

A identificação dos tipos, causas e fatores de risco permite um tratamento mais eficaz e a preservação da função do membro. Casos leves podem ser apenas monitorados, enquanto quadros mais graves podem demandar intervenção cirúrgica. Ao perceber dificuldade persistente para girar a mão ou histórico de trauma na região, é essencial buscar orientação médica especializada.

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