Apesar de ter um nome muito diferente, você sabia que a síndrome de Osgood-Schlatter é algo bastante comum e acomete mais de 150 mil pessoas anualmente no Brasil?
Essa condição possui um nome difícil, pois foi descoberta por dois diferentes médicos (Osgood e Schlatter) separadamente em 1903.
Sua incidência é entre crianças e adolescentes que estão em fase de crescimento, sendo uma patologia limitante se não tratada corretamente.
Quer conhecer um pouco mais sobre essa síndrome e como identificá-la? Acompanhe nosso artigo e tire todas as suas dúvidas sobre a Síndrome de Osgood-Schlatter.
A síndrome de Osgood-Schlatter se caracteriza por uma inflamação na cartilagem de crescimento, que fica localizada na área superior da tíbia, logo abaixo da patela.
Essa síndrome ocorre em crianças e adolescentes em fase de crescimento e acomete principalmente meninos entre 9 e 16 anos de idade.
A principal causa dessa patologia é o estresse excessivo do tendão patelar. O tendão patelar é responsável por ligar a rótula ao tubérculo tibial.
Praticar atividades como correr, pular ou subir e descer escadas podem exercer uma sobrecarga no tendão por esforço excessivo ou repetitivo, e com isso, desencadear um processo inflamatório do tendão patelar ocasionando a doença.
O surto de crescimento, conhecido também como “estirão do crescimento", é outra causa comum dessa doença. Em um surto de crescimento, os ossos tendem a crescer mais rápidos que os músculos e tendões.
Dessa forma, os tendões ficam mais curtos e rígidos. Isso ocasiona uma tensão excessiva que acaba puxando o tubérculo tibial.
Os sintomas variam de acordo com cada paciente. Em alguns casos, eles surgem de forma gradual e aumentam com o passar do tempo.
Outros sintomas comuns são:
O diagnóstico é feito em um primeiro momento durante a consulta, na qual o médico irá avaliar o histórico clínico do paciente, além de realizar um teste físico.
Durante o exame físico, o ortopedista poderá solicitar que a criança ou adolescente realize alguns movimentos para que ele possa analisar os níveis de dor.
Para que possa ser concluído o diagnóstico, exames de imagem como ressonância magnética e raio X são necessários.
A partir do resultado desses exames, é possível descartar outras doenças e observar se existem outras lesões na tuberosidade tibial e os possíveis fragmentos ósseos soltos.
A Síndrome de Osgood-Schlatter não é uma doença grave e em grande parte dos casos ela tende a sumir quando o paciente se mantém em repouso.
O ortopedista também pode indicar exercícios de fortalecimento de quadríceps e isquiotibiais, que podem ser realizados em casa ou na academia, sempre com o auxílio de um profissional.
Porém quando a dor e o desconforto não desaparecem, alguns tratamentos complementares podem ser indicados pelo médico. São eles:
O uso de anti-inflamatórios não esteroides também podem ser utilizados durante o tratamento.
São raros os casos onde é necessária intervenção cirúrgica como tratamento da Síndrome de Osgood-Schlatter.
Se a dor persistir mesmo após os ossos pararem de crescer, o médico irá avaliar a situação do paciente, e se for necessário, realizará a cirurgia para remoção de possíveis fragmentos ósseos.
Com o tratamento correto, os pacientes têm uma recuperação rápida. Porém, como a fase de crescimento se estende até a adolescência, a dor pode surgir novamente.
Embora esta doença atinja um grande número de crianças e adolescentes, a maioria se recupera totalmente, sem nenhuma complicação a longo prazo.